Especial Enver Hoxha

De Tirana, nos 100 anos de Enver Hoxha

Fez uma bela manhã de sol em Tirana nesta quinta-feira (16 de outubro de 2008), dia do centenário do notável dirigente comunista albanês Enver Hoxha (1908-1985). Em desafio ao capitalismo restaurado e ao governo de direita, uma cerimonia simples mas cheia de significado reuniu algumas centenas de comunistas, vindos de várias regiões da Albânia, de Kossovo e até de outros países,como nós,tendo como centro a figura extraordinaria de Nedjmie Hoxha, viúva de Enver,88 anos de idade, seis deles passados nos cárceres do novo regime ''democrático''.

Por Bernardo Joffily, de Tirana
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O ultimo encontro de João Amazonas e Henver Hoxha

O Funeral

Combate nas Trevas: Hoxha enfrenta Krushev

O XX Congresso do PCUS, realizado em fevereiro de 1956 trouxe à baila as teses relacionadas com a coexistência pacífica entre os sistemas capitalistas e socialistas. Meses depois, Krushev, cusou um pandemônio ainda maior no movimento comunista internacional, ao denunciar os crimes do culto à personalidade de Stalin, uma cortina de fumaça urdida solertemente para isentar sua própria responsabilidade nos erros do Grande Líder Soviético. Foram destituídos do Comitê Central do PCUS: Malenkov, Molotov e Kaganovitch.

Em junho de 1959, as Delegações de vários partidos irmãos presentes no Congresso do Partido Comunista Romeno, foram surpreendidas com a tentativa frustrada de Krushev de transformar o conclave numa conferência internacional de condenação so PCCh, por este defender uma política de coexistência pacífica diferente.

Diante do fracasso foi convocado no ano seguinte, pelo PCUS, um reunião dos Partidos Comunistas em Moscou. Krushev chegou a pressionar o PTA, se recusando a fornecer trigo para o povo Albanês, que encontrava-se em dificuldades extremas. Henver Hoxha, o legendário comandante do povo Albanês, dirigente heróico da construção do socialismo, questionou se essa era a vontade do povo soviético submeter um povo irmão aos suplícios da fome? Krushev era acusado de revisionista, um ultraje para qualquer revolucionário, e o pior, diante de todo o movimento comunista internacional e no seu próprio país.